a rocha vestida de algas
serve de repouso,
e ali te contemplo meu mar.
vejo-te numa vastidão sem limites
enquanto me salpicas os pés descalços
parecendo carícias amistosas.
na tua cor azul dourado e transparente
procuro decifrar um nome oculto
como se ele pudesse chegar até mim,
junto de ti, místico mar,
deixo-me prender pelas gaivotas
enquanto dançam misteriosas,
e espero a voz, companheira
de um tempo, sem tempo.
mar, conheces bem o segredo
a dor que agora existe
onde outrora testemunhaste alegria.
escuta as minhas palavras,
sente a solidão que há em mim..
a voz é dorida, carrega suplicas,
o caminho arrasta o silêncio que fala
conto os minutos na ausência inesgotável
e o sonho tem a forma de um rosto.
sem guarida abrigo-me dentro dele
como a sede de uma miragem!
helena maltez
1 comentário:
boa tarde Lena
o mar como porto de abrigo
e fonte de inspiração
é bom ir pedir conselhos ao mar
é salutar e relaxante olhar para ele
belo poema.
um beijo
:)
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